terça-feira, 15 de junho de 2010
Cinematerna: Entre fraldas e pipocas
Há um tempo tomei conhecimento do projeto Cinematerna, que são sessões de cinema voltada a mães com bebês até 18 meses, publiquei um post sobre o projeto explicando um pouquinho do que é e como funciona. Mas me ocorreu uma idéia melhor ainda, que tal entrevistar as organizadoras do projeto para saber mais sobre esta iniciativa maravilhosa para as mamães? Colocando a idéia em prática segue a entrevista com Alexandra Swerts, jornalista, assessora de imprensa, cinéfila, mãe e uma das idealizadoras do projeto.
De quem partiu a idéia do cinematerna?
Alexandra: Irene Nagashima comemorando a ida ao cinema em um grupo de discussão pela internet que aborda questões sobre a maternidade. Irene, mãe de Max, que na época estava com quatro meses, declarou que sentia muita falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. Encorajada pelo grupo, reuniu mais de 10 mães com seus bebês - entre 20 dias e quatro meses de idade - para a primeira sessão, ainda sem conhecimento do cinema escolhido. O programa foi um sucesso e o encontro de mães e bebês virou uma atividade semanal das mães, que entre amamentação, fraldas e cinema, conseguiram retomar sua vida cultural e ao mesmo tempo, conversar sobre esta fase da vida.
Começou como, quando e em que cidade?
Alexandra: Começou informalmente em fevereiro de 2008, em São Paulo e ffoi oficializado em agosto do mesmo ano.
As adaptações nas sessões foram idéias de quem?
Alexandra: Do grupo de mães que formatou o projeto, Irene Nagashima, Tais Viana e Alexandra Swerts.
Nas sessões do cinematerna são permitidos bebês até 18 meses, por quê?
Alexandra: Porque a partir dessa idade a criança já está em uma fase bastante ativa, já conversa e começa a entender um pouco mais do que está se passando. Com essa idade é difícil a mãe que consiga assisitir ao filme.
Ao pensarem neste projeto, consultaram pediatras para saber a opinião deles sobre o assunto, e pegar dicas de melhorias e adaptações?
Alexandra: Sim, consultamos vários conhecidos. A opinião deles estão no site. A principal é que sendo sempre a primeira sessão, a sala tem seu ar renovado para receber o bebê.
As sessões assim como os bate-papo após são maneiras de juntar mães de diversas idades e estimulam a troca de experiência, era este o objetivo? Já virou um clube, com as mesmas mães ou sempre tem mães novas?
Alexandra: Nosso público tem uma renovação constante, e apesar disso, as mães que frequentam o programa (cinema+café) acabam se criando uma rede de relacionamentos interessante, totalmente ligada a sua nova vida materna. A interação das mães é o importante. Nós percebemos isso desde a primeira sessão, quando ficamos duas horas no filme e gastamos mais quatro horas no café conversando.
O projeto já conta com um número expressivo de mães cadastradas?
Alexandra: Sim, são cerca de 15 mil mães nas 11 cidades que atuamos, e em constante crescimento.
Como surgiu a parceria com os cinemas?
Alexandra: Formamos a ONG e apresentamos o projeto e para trabalharmos em parceria com os cinemas e formar uma rede de sessões amigáveis.
Como fazer para levar o projeto para outras cidades?
Alexandra: Em 2009 e 2010, a CineMaterna tem o patrocínio da Natura para desenvolver seu projeto de expansão. Escolhemos as cidades avaliando o pedidos das mães, estudando a viabilidade com as redes de cinema e a orientação do patrocinador.
Atualmente o cinematerna existe em quais cidades?
Alexandra: Em São Paulo: São Paulo, Campinas, Santo Andre e Santos. Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasilia, Recife e Belo Horizonte.
O projeto conta com patrocinadores grandes como Natura e Eletropaulo, como fazer para se tornar um?
Alexandra: A CineMaterna trabalha com cotas de patrocinio, e quem quiser investir no projeto pode nos procurar através do site.
Quais os planos do cinematerna para o 2° semestre de 2010?
Alexandra: Lançar as sessões aos sábados em Campinas, Porto Alegre e Curitiba. Novas cidades como Florianopolis, Fortaleza, Riberão Preto (SP) e consolidar o trabalho desenvolvido.
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Não vai sair sem dar pitaco, né?